Os auditores fiscais federais decidiram em reunião da categoria oficializar a entrega dos cargos de chefia na Receita Federal do Brasil (RFB) na próxima terça-feira, dia 26 de janeiro. A discussão ocorreu na manhã de quinta-feira, dia 21, na Delegacia Regional de Julgamento (DRJ) de Belém. Os auditores criticaram a desvalorização da autonomia e financeira do cargo. A DRJ foi escolhida como local da reunião para demonstrar solidariedade às auditoras paraenses Celene Maria Guimarães e Socorro Campelo, que não tiveram o mandato de três anos renovado. Em 2016, apenas três auditores em todo o Brasil não foram reconduzidos ao cargo. Além das auditoras do Pará, o coordenador do Comando Nacional de Mobilização Levindo Jorge, da DRJ de Juiz de Fora (MG), também não foi reconduzido.
No mesmo horário ocorria a reunião do Comando Nacional de Mobilização (CNM) com o Ministério do Planejamento, em Brasília, para discutir as propostas da categoria. Novas reuniões devem ocorrer nos próximos dias. Para o presidente da Delegacia Sindical (DS) Pará e Amapá, Sérgio Pinto, só haverá acordo entre os auditores e o governo federal se forem atendidas as diferentes pautas como remuneratória, a valorização de cargo e maior autonomia da Receita Federal. “Todo o movimento em relação a valorização do cargo fica esquecido se só pensarem a pauta remuneratória”, afirmou Sérgio.
Segundo o tesoureiro da DS, Marinaldo Silva, houve uma adesão grande da categoria aos documentos de entrega de cargos. Auditores de diversas unidades como da DRJ, Superintendência, Delegacia Regional e Alfândega estavam presentes na reunião. Mais de cinco mil auditores de todo o Brasil assinaram uma carta elaborada por auditores paraenses que foi entregue ao Ministério do Planejamento (MPOG). A categoria também discutiu a não inscrição dos auditores em processos seletivos de chefias.
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